Grêmio

Milton Kuelle, que completa noventa e um anos nesta quinta-feira (22), é um dos ídolos do Grêmio. Ex-meio-campista, ele construiu uma das histórias mais ricas no futebol do estado, atuando como jogador, técnico, dirigente e sempre como um apaixonado torcedor.

Sua jornada no Grêmio começou nos anos 1950, quando o clube jogava na Baixada. Ele acompanhou a transição para o Estádio Olímpico, em uma das épocas mais gloriosas do clube, e deu o pontapé inicial na inauguração da Arena em 2012.

Conhecido como “Formiguinha”, Milton foi fundamental em um período onde o Grêmio dominou o Gauchão. Em treze campeonatos disputados, o tricolor, de Milton Kuelle, venceu 12 títulos. O apelido se deve pela sua dedicação no meio-campo, sendo um meio campista intenso que corria pelos seus colegas.

Apesar de uma carreira sólida atuando pelo Grêmio entre 1952 e 1964, para Milton, o futebol era um meio de financiar seus estudos. Nos anos 1960, ele se formou em odontologia pela PUCRS. Durante a faculdade, ele foi dispensado de diversos jogos no interior do estado para se dedicar aos estudos.

Nos anos 1970, em um momento de dificuldades para o clube, Formiguinha assumiu o comando técnico do Grêmio, entre 1972 e 1973. Com um desempenho notável, conquistou 71,2% de aproveitamento em 44 jogos. Ainda voltou a dirigir o time em duas ocasiões no Gauchão de 1980.